Uma Nova Visão de Mundo
3ª Edição
Resgatando valores!
AS
TRÊS PERGUNTAS DE CARLOS MAGNO
Consta
e que ficou registrado nos anais da história, a
sagacidade de um jardineiro; homem simples,
porém muito
inteligente; mas que sua sagacidade ficou obscurecida,
ofuscada pela importância que o Imperador CARLOS
MAGNO tinha...
De
viagem para Itália, o imperador Carlos Magno visitou, certa
vez, o abade de São Gall, contra quem havia queixas. A
fim de destituí-lo, fez-lhe o imperador três perguntas, cujas
respostas deveriam ser dadas por ocasião da viagem de
volta. As perguntas eram:
1ª) quantos são os meus fios de
cabelo?
2ª) quanto valho em dinheiro?
3ª) em que estarei
pensando, quando aqui estiver de novo?
Diante
de tamanha dificuldade, o pobre abade foi-se abatendo,
entristecendo, sem encontrar nenhuma solução. No
entanto, o seu jardineiro, homem sagaz, teve um plano. Para
tanto, de acordo com seu amo, vestiu-se com seus trajes
de abade e aguardou o imperador.
Carlos Magno não se deu logo pela substituição e repetiu as três perguntas. Respondeu-lhe o falso abade à primeira pergunta:
- "Vossa Majestade possui "tantos" milhões de fios de cabelo; se duvidar do meu cálculo, é bom contar".
Como segunda resposta, falou o astuto jardineiro:
- "V. Majestade vale 29 dinheiros, porque Jesus Cristo valeu 30".
E, finalmente, à terceira:
- "V. Majestade está pensando que eu sou o abade, mas não passo de um jardineiro".
Carlos
Magno não pôde refutar as respostas e teve que manter
o abade em seu posto. (Retirado do livro de História Antiga
e Medieval de Tabajara Pedroso).
As palavras sem convites!
Bom! Certa vez fui a uma Joalheria e Relojoaria,
para consertar meus óculos e presenciei uma cena, no mínimo
inusitada e intrigante, mas digo que, “muito interessante”
e que nos faz repensar nossos valores. Vou narrar para
vocês...
Estava eu há ser atendido, quando percebi uma
conversa que me intrigou, não tinha como não me chamar
atenção, aquela conversa!
Cliente: Gostaria de poder vender esta joia, é
uma joia exótica e de ouro 18 quilates, foi de minha avó e daí
passou para meu pai e depois pra mim...
Dono da Loja: Após ter avaliado sua pureza
disse: Pago R$ 1500,00 (Um Mil e Quinhentos Reais)
Cliente: Mas o que você quer me pagar,
representa menos de um terço de seu valor. O que significa dizer, que
esta joia valeria no mínimo R$ 5.500,00 (Cinco Mil e Quinhentos
Reais).
Dono da Loja: Mas é o que posso pagar por ela.
Cliente: Veja bem! Além de ser uma joia rara e
exótica, ela foi de minha avó é de grande estima, não só para mim
mas para toda a família, infelizmente tenho que me desfazer
dela,
Dono da Loja: Com todo o respeito por você e
toda sua família e principalmente por sua avó; mas ela é sua avó e não minha...!
E foi assim, que as palavras entraram sem serem convidadas!
Sabem o que mais me impressiona nisto tudo!
Eu
não creio que o dono da loja quis ofender o cliente, mas ofendeu!
Foi insensível a dor do cliente por ter que se desfazer de
uma joia que de certa forma representava sua família
e seus valores. Mas também temos que entender que
ele estava certo, o fato de ela, a joia, ter sido da avó
do
cliente é irrelevante para os negócios, não vai aumentar seu
valor, não agrega valor algum; a exceção se dar pelo
fato de ela ser exótica e de uma raridade extrema, por
ter sido encomendada especialmente para aquela senhora
a qual está tendo negligenciado; seus valores...
É
impressionante como as vezes não nos damos conta que infringimos
a moral e a responsabilidade com nossas atitudes
e muitas vezes com o que dizemos. Infelizmente desta
forma, infligimos angustia, dor e aflição a quem já esta
de certa forma, constrangido por ter que se desfazer muitas
vezes, de algo que é de valor inestimável...
Repensar nossos valores,
tem haver com empatia!
Bom, desta forma, percebemos que a empatia no mínimo,
deve nos fazer repensar valores, como por exemplo,
respeito, sabedoria e, tudo àquilo que envolve a Moral e a Ética!
Claro
que a empatia, não poderá jamais moldar a essência do comércio,
este, por sua própria natureza, tem sua essência bem definida e
não poderá jamais ser alterada, pois perderia sua característica comercial!
É
justamente no âmago desta questão, que surgem os conceitos de valores! Sem
dar valor a tudo quanto queremos, e da forma como queremos! Ao
menos o valor ao qual gostaríamos de dar!
Não
como algo subjetivo, mas objetivo! Desta
forma o valor de algo, depende muito de quem precisa deste algo e, de
o quanto este algo representa, para esta pessoa!
Percebam,
por exemplo, que, quem tem o “sangue dourado”, este para ele, é
seu bem mais valioso, tendo em vista que ele é tão raro, que de acordo com
a Revista, Mosaic Science, até 2010, apenas 43 pessoas estavam
listadas com este tipo sanguíneo em todo o mundo!
Devido
um capricho da natureza, no “sangue dourado”, todos os antígenos
estão ausentes. Por esta razão, ele é denominado “sangue nulo”.
Um
verdadeiro, “Sangue Real”!
Com
a desvantagem de que, ele
só poderá receber sangue, dos outros 42 restantes!
Creio
que quem possui este tipo sanguíneo, vive um dilema constante, “e
quando eu precisar de uma transfusão de sangue”!?
Por
isto mesmo, por sua raridade, eles são instruídos a constantemente reforçarem,
abastecerem uma base de sangue com seu tipo sanguíneo!
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